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Proteinúria: por que aparece proteína na urina e o que fazer?

  • Foto do escritor: Lilian Rosinha
    Lilian Rosinha
  • 10 de ago.
  • 5 min de leitura
Proteinúria

Introdução

Descobrir que há proteína na urina pode ser motivo de preocupação e gerar muitas dúvidas. A proteinúria, nome médico dado à presença de proteínas na urina, é um achado comum em exames de rotina que pode indicar desde situações temporárias e benignas até problemas renais que requerem atenção médica.

Entender a proteína na urina causa é fundamental para saber quando se preocupar e quais medidas tomar. Nem toda proteinúria representa um problema sério, mas é importante investigar adequadamente para distinguir entre causas transitórias e condições que necessitam tratamento.

Neste artigo, você vai compreender o que é a proteinúria, suas principais causas, quando ela representa um sinal de alerta e quais exames são necessários para o diagnóstico correto.



O que é proteinúria?

A proteinúria é definida como a presença anormal de proteínas na urina. Em condições normais, os rins filtram o sangue e retêm as proteínas, especialmente a albumina, impedindo que sejam eliminadas na urina.

Valores normais e alterados

Normal:

  • Menos de 150 mg de proteína em 24 horas

  • Menos de 30 mg de albumina em 24 horas

Proteinúria leve:

  • 150 mg a 500 mg de proteína em 24 horas

Proteinúria moderada:

  • 500 mg a 3,5 g de proteína em 24 horas

Proteinúria severa (síndrome nefrótica):

  • Mais de 3,5 g de proteína em 24 horas

Como identificar

A proteinúria pode ser detectada através de:

  • Exame de urina simples (EAS): mostra presença qualitativa

  • Urina de 24 horas: quantifica exatamente a perda

  • Relação proteína/creatinina urinária: método mais prático

  • Observação da urina: pode apresentar espuma excessiva



Principais causas da proteinúria

Causas temporárias e benignas

Exercício físico intenso:

  • Atividade física vigorosa pode causar proteinúria transitória

  • Normaliza após algumas horas de repouso

  • Mais comum em exercícios prolongados

Febre e desidratação:

  • Estados febris podem aumentar temporariamente a eliminação de proteínas

  • Desidratação concentra a urina

  • Reversível com hidratação adequada

Estresse físico ou emocional:

  • Situações de estresse podem alterar a filtração renal

  • Efeito geralmente temporário

  • Normaliza quando o estresse é controlado

Posição ortostática:

  • Algumas pessoas eliminam mais proteína quando ficam em pé

  • Proteinúria ortostática é benigna

  • Mais comum em adolescentes

Causas patológicas importantes

Diabetes mellitus:

  • Principal causa de proteinúria em adultos

  • Nefropatia diabética pode começar com microalbuminúria

  • Progressão pode levar à insuficiência renal

  • Controle glicêmico é fundamental

Hipertensão arterial:

  • Pressão alta danifica os vasos renais

  • Pode causar proteinúria persistente

  • Controle da pressão reduz a perda de proteínas

  • Importante fator de risco cardiovascular

Infecções urinárias:

  • Cistite ou pielonefrite podem causar proteinúria

  • Geralmente acompanhada de outros sintomas

  • Normaliza após tratamento da infecção

  • Necessário descartar outras causas se persistir

Doenças glomerulares:

  • Glomerulonefrite aguda ou crônica

  • Síndrome nefrótica

  • Síndrome nefrítica

  • Requer investigação especializada

Doenças autoimunes:

  • Lúpus eritematoso sistêmico

  • Vasculites

  • Artrite reumatoide

  • Necessitam tratamento específico

Medicamentos:

  • Anti-inflamatórios não esteroidais

  • Alguns antibióticos

  • Medicamentos para pressão

  • Suplementos proteicos em excesso



Quando a proteinúria é preocupante?

Sinais de alerta

Proteinúria persistente:

  • Presente em múltiplos exames

  • Não relacionada a exercício ou febre

  • Acompanhada de outros sintomas

Sintomas associados:

  • Inchaço (especialmente rosto e pernas)

  • Urina espumosa persistente

  • Diminuição do volume urinário

  • Fadiga e fraqueza

  • Pressão alta

Fatores de risco presentes:

  • Diabetes mellitus

  • Hipertensão arterial não controlada

  • Histórico familiar de doença renal

  • Doenças autoimunes

Situações que requerem investigação urgente

  • Proteinúria maciça (mais de 3,5g/24h)

  • Hematúria associada (sangue na urina)

  • Insuficiência renal aguda

  • Síndrome nefrítica (proteinúria + hematúria + hipertensão + edema)

  • Deterioração rápida da função renal



Exames necessários para investigação

Avaliação inicial

Exame de urina completo (EAS):

  • Confirma presença de proteínas

  • Avalia presença de sangue, leucócitos

  • Verifica densidade e pH urinário

  • Identifica cilindros e cristais

Função renal:

  • Creatinina sérica

  • Taxa de filtração glomerular estimada

  • Ureia

  • Eletrólitos (sódio, potássio)

Quantificação da proteinúria:

  • Urina de 24 horas (padrão-ouro)

  • Relação proteína/creatinina em amostra isolada

  • Microalbuminúria (para diabéticos)

Exames complementares

Exames de sangue específicos:

  • Glicemia e hemoglobina glicada

  • Colesterol e triglicérides

  • Proteínas totais e albumina

  • Complemento (C3 e C4)

Marcadores de doenças autoimunes:

  • FAN (Fator antinuclear)

  • Anti-DNA nativo

  • ANCA (em casos selecionados)

Exames de imagem:

  • Ultrassonografia renal

  • Tomografia ou ressonância (se indicado)

Biópsia renal

Reservada para casos específicos:

  • Proteinúria inexplicada e persistente

  • Síndrome nefrótica em adultos

  • Deterioração rápida da função renal

  • Suspeita de glomerulonefrite



Tratamento e manejo clínico

Tratamento das causas específicas

Diabetes:

  • Controle rigoroso da glicemia

  • Uso de inibidores da ECA ou BRA

  • Monitoramento regular da microalbuminúria

  • Controle de outros fatores de risco

Hipertensão:

  • Medicamentos anti-hipertensivos específicos

  • Meta pressórica mais rigorosa (< 130/80 mmHg)

  • Preferência por inibidores da ECA ou BRA

Infecções:

  • Antibioticoterapia adequada

  • Hidratação apropriada

  • Reavaliação após tratamento

Doenças autoimunes:

  • Imunossupressores específicos

  • Corticosteroides quando indicados

  • Acompanhamento multidisciplinar

Medidas gerais e estilo de vida

Controle da pressão arterial:

  • Dieta com baixo teor de sódio

  • Exercícios físicos regulares

  • Medicamentos quando necessários

  • Monitoramento domiciliar

Controle glicêmico:

  • Dieta equilibrada

  • Exercícios físicos

  • Medicamentos conforme prescrição

  • Hemoglobina glicada < 7%

Modificações dietéticas:

  • Redução de proteínas se função renal comprometida

  • Controle de sódio e potássio

  • Hidratação adequada

  • Evitar suplementos proteicos desnecessários

Outros cuidados:

  • Abandono do tabagismo

  • Controle do peso corporal

  • Evitar medicamentos nefrotóxicos

  • Manejo do estresse



A abordagem da Medicina do Estilo de Vida

A Dra. Lilian Rosinha, especialista em Nefrologia e Medicina do Estilo de Vida, enfatiza que o tratamento da proteinúria deve incluir:

Pilares fundamentais

Alimentação anti-inflamatória:

  • Rica em vegetais e antioxidantes

  • Redução de alimentos ultraprocessados

  • Controle adequado de proteínas

  • Hidratação balanceada

Atividade física orientada:

  • Exercícios aeróbicos regulares

  • Intensidade adequada à condição renal

  • Fortalecimento muscular

  • Evitar exercícios extremos

Manejo do estresse:

  • Técnicas de relaxamento

  • Meditação e mindfulness

  • Sono reparador

  • Apoio psicológico quando necessário

Monitoramento integrado:

  • Acompanhamento regular

  • Exames periódicos

  • Ajuste de medicações

  • Educação continuada do paciente



Prognóstico e acompanhamento

Fatores que influenciam o prognóstico

Favoráveis:

  • Proteinúria leve e transitória

  • Causa tratável identificada

  • Função renal preservada

  • Boa adesão ao tratamento

Desfavoráveis:

  • Proteinúria maciça persistente

  • Associação com hematúria

  • Função renal já comprometida

  • Múltiplas comorbidades

Frequência de acompanhamento

Proteinúria leve:

  • Reavaliação a cada 3-6 meses

  • Exames de função renal semestrais

  • Controle de fatores de risco

Proteinúria moderada a severa:

  • Acompanhamento mensal inicialmente

  • Ajuste de medicações conforme resposta

  • Exames mais frequentes

Casos complexos:

  • Avaliação especializada regular

  • Possível necessidade de biópsia

  • Planejamento de terapia renal substitutiva



Prevenção da progressão

Estratégias comprovadas

  • Controle rigoroso da pressão arterial e diabetes

  • Uso de medicamentos renoprotetores quando indicados

  • Modificações no estilo de vida sustentáveis

  • Acompanhamento médico regular e especializado

  • Educação do paciente sobre sua condição

Sinais de alerta para piora

  • Aumento da proteinúria

  • Elevação da creatinina

  • Desenvolvimento de edema

  • Piora da pressão arterial

  • Aparecimento de hematúria



Conclusão

A presença de proteína na urina nem sempre indica um problema grave, mas requer investigação adequada para determinar sua causa e necessidade de tratamento. O diagnóstico precoce e o manejo apropriado podem prevenir a progressão para insuficiência renal e melhorar significativamente o prognóstico.

É fundamental não ignorar a proteinúria persistente e buscar acompanhamento médico especializado para avaliação completa e orientação terapêutica adequada.


Detectou proteína na urina em exames recentes? Agende sua consulta com a Dra. Lilian Rosinha para investigação detalhada e plano de tratamento personalizado, integrando cuidados nefrológicos com Medicina do Estilo de Vida.

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